quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Como comemoração dos 90 anos da Semana da Arte Moderna, o Theatro Municipal, um dos principais pontos de realização da Semana, realizou eventos para relembrar um dos principais eventos da Arte Moderna.

Começando a comemoração com a peça nunca antes encenada "Magdalena" com a composições de Villa-Lobos, para a qual os norte-americanos Robert Wright e George Forrest escreveram um libreto.

PROGRAMAÇÃO ESPECIAL - 22 Agenda cultural prevê ópera de Villa-Lobos
(Folheto de Programação dos eventos)


A produção da peça, originalmente montada em Paris pelo Teatro do Châtelet (2010) conta a história de Maria (Rosana Lamosa, soprano) e Pedro (Rubens Medina, tenor) em meio à luta, na Amazônia, contra a opressão do general Carabaña (Sávio Sperandio, baixo).
A Sinfônica Municipal é regida por Gustavo Petri, e a direção cênica, na remontagem brasileira, de Jean-Philippe Delavault, que disse privilegiar "o desejo de liberdade e a revolta contra a injustiça".
É um espetáculo deslumbrante pelas cores das luzes e de um cenário que representa a floresta de modo estilizado, com música, diz Delavault, "que surpreende".
"Pedro Malazarte" terá quatro récitas e será a segunda parte de um espetáculo em que o Balé da Cidade de São Paulo exibe a coreografia inédita "Suíte Vila Rica", também de Camargo Guarnieri.

Na ópera, o malandro Malazarte (Sebastião Teixeira, barítono) interfere nas amarguras conjugais da Baiana (Edneia Oliveira, mezzo-soprano) e do Alemão (Eric Herrero, tenor).
Há boas surpresas nessa história de infidelidade aparentemente singela, diz o diretor Cleber Pappa. A começar pelo cenário, imensa reprodução do "Abaporu", tela de Tarsila do Amaral (1886-1973). No libreto de Mário de Andrade o anti-herói surge em cena com uma porta e um gato, que na montagem se humanizam na pele de atores-bailarinos.
A música de câmara unirá o pianista Caio Pagano e os integrantes do Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo para um programa que trará, no sábado, Villa-Lobos e Claude Debussy.
Quanto ao espetáculo sinfônico, Jamil Maluf rege no domingo, dia 26, às 11h, a Orquestra Experimental de Repertório, com um programa modernista até a medula.
Trará o "Batuque", de Lorenzo Fernandes, a "Momoprecoce", com solista de piano (Pablo Rossi), de Villa-Lobos, e a "Sinfonia Popular nº 1", de César Guerra-Peixe.
A peça de Villa, diz o maestro, "delineia o contorno do Carnaval", dentro de "um rio caudaloso de melodias", em que o compositor escapa excepcionalmente de sua tendência de não desenvolver, por meio de seguidas variações, os temas melódicos que escreveu.

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